Capítulo 8 : EXEMPLOS
DE ADORAÇÃO
INTRODUÇÃO
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As Sagradas Letras são o nosso manual
de adoração. Nelas descobrimos a revelação única de Deus - o princípio e o fim
de tudo o que existe. Nelas deparamos com o essencial na adoração e com a
distinção básica entre a forma e a realidade.
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Neste capítulo, desejamos contemplar
exemplos bíblicos de adoração. Limitados pelo espaço e pelo tempo, escolhemos
apenas seis. Há dezenas de exemplos, e esperamos que você se anime a
descobri-los e possa neles meditar.
A.
SALMO 96:
MODELO DE ADORAÇÃO
1. O Convite (vv.1-6)
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O salmista nos conclama a cantarmos um
cântico novo. Por que cantar?
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O cântico deve ser novo, pois a
adoração pode perder seu brilho se a ferrugem das ações de graça rotineiras não
forem constantemente renovadas sob a orientação do Espírito.
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Quem deve juntar-se ao coro de louvor?
A extraordinária exaltação de Jesus garante que um dia todos dobrarão os
joelhos e confessarão o senhorio de Jesus, para a glória completa de Deus Pai
(Fp 2.9-11).
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Vemos um tema duplo neste cântico de
adoração. Primeiro, a majestade soberana de Deus (v.4); segundo, o salmo
enfatizando seus atos salvíficos e maravilhas (vv.2, 3). O Criador não está
afastado da criação, mergulhada no desespero de sua iniquidade. Ele manifesta
entre todos os povos as suas maravilhas.
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O salmista salienta, ainda, a grandeza
de Deus (w.4-6). Pleno de poder, o Senhor que adoramos não pode ser comparado
com os deuses "que nada são" (vv.4, 5). Sua grandeza inspira temor.
Quem teria coragem de aproximar-se de um Ser de tamanha importância?!
2. Como Adorar (vv.7-13)
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A expressão "tributai ao Senhor
glória e força" chama a nossa atenção para o elemento central na oferta a
Deus. "Glória", no hebraico, traduz a palavra kabod, "peso,
valores reconhecíveis", tais como: ouro, gado, posses. "Força"
(heb. 'oz) aponta para segurança, ousadia, majestade, aquilo que prevalece.
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Deus compartilha conosco Sua glória e
força Suas posses ("ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se
contém" Sl 24.1), mas também deseja nossa gratidão que deve ser expressa
pela prestação de glória e força, através dos nossos lábios e mãos (Hb 13.15,
16).
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Trazei oferendas", ordena o
escritor sagrado, não porque Deus sente falta de nossas ofertas, mas porque
elas comprovam nosso amor. "É possível dar sem amar", disse R.
Braunstein, "mas ó impossível amar sem dar".
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O manual divino convida-nos a
adorarmos (heb. shâchâ, "prostrar-se, rogar humildemente, tomar posição de
escravo") na beleza da sua santidade (v.9). Porém, não há nenhum atributo
tão assustador para o pecador como a santidade de Deus. Todo adorador humano é
pecador. Como obterá ele uma visão da natureza essencial de Deus, que possa
classificar como bela? Unicamente se o adorador tiver certeza de que seus
pecados foram perdoados (Sl 51.7; 103.12; 1 Co 1.30; 2 Co 5.21).
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Em quarto lugar, a adoração
desafia-nos a praticarmos o que aceitamos pela fé. Com a boca declaramos que o
Senhor reina (v.10). As nações, em geral, têm uma vaga noção da declaração
cristã: "Deus é o Rei supremo". Mas ainda falta nos apropriarmos
inteiramente daquilo que temos declarado.
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Quando realmente se adora, espera-se
que o adorador veja a fidelidade divina marcando todas as facetas da criação.
Mas a visão precisa ser elevada da periferia para um futuro escatológico. O dia
do Senhor virá quando o Juiz de toda a terra "julgará o mundo com
justiça" (v.13).
B. ENOQUE (Gn 5.22-24; Hb 11.5, 6)
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Este homem, quase totalmente
desconhecido, exemplifica um fator básico na adoração. "Enoque andou com
Deus. " Esta descrição repetida (Gn 5.22,24) salienta a comunhão que esse
herói gozou com seu Amigo divino.
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"Andar", na cultura e língua
hebraicas, significa uma conduta fundamentada em temor e amor de Deus. Andar
nos "caminhos" do Senhor expressa a obediência (Sl 18.30; 86.11).
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Andar com Deus enfatiza a comunhão;
assim se deu com a vida de Enoque, que recebia a revelação e orava Ele falava
com um Ser real, muito especial, não com um fruto de sua imaginação. Assim,
Hebreus o aponta como exemplo de fé no Deus que se faz presente (11.5,6).
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Aprendemos também em Hebreus que
Enoque agradou a Deus (v.5); mantendo comunhão através do seu "andar"
e, portanto, dando prazer a Deus. Era uma comunhão agradável para ambas as
partes, não a atitude de um indivíduo que tenta impressionar um político ou um
ricaço, visando obter benefícios para si, mas alguém que encontra em Deus a sua
verdadeira realização.
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"Sem fé é impossível agradar a
Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele
existe e que se torna galardoador dos que o buscam" (v.6). Esta declaração
em Hebreus refere-se a Enoque. "Aproximou-se" seria um tema chave em
Hebreus para representar a adoração ao Senhor. Enoque buscou comunhão diária, e
assim orientou seus passos e valores.
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Enoque foi trasladado da terra porque
a comunhão aqui é somente parcial. "Vemos como em espelho,
obscuramente" (1 Co 13.12). Consequentemente, os que andam com Deus nesta
vida terão suas vistas voltadas para o horizonte escatológico. Como Paulo,
reconheceremos que, independente da perfeição que a comunhão com Deus alcance
nesta vida "estar com Deus é incomparavelmente melhor" (Fp 1.23).
C. JACÓ LUTA COM O "HOMEM" DIVINO EM PENIEL (Gn
32.22-32)
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Sem tentarmos oferecer respostas
dogmáticas a perguntas que vez por outra nos assaltam, gostaríamos de
considerar aqui o seguinte: o encontro com Deus, a recepção de uma bênção que
não só queremos, mas de que precisamos, às vezes coloca-nos numa luta.
Estranhamos o fato de que o próprio Deus, aparentemente, Se coloque como nosso
inimigo.
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Render-se significava também vencer,
mas não antes de receber a bênção, bênção essa que nos lembra Jacó procurando
em seu pai, Isaque, a garantia de um futuro feliz e próspero (Gn 27). Contudo,
com Isaque, Jacó usou de subterfúgios, enganos e mentiras.
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Nesta peleja o patriarca que
"segurava o calcanhar", portanto, "suplantado, ou seja "o
que tira vantagens sobre os outros pela astúcia",
não tinha em que segurar, senão em Deus. Tudo o que ele poderia
chamar "seu", estava longe dele, em certo sentido. Contudo, Deus
tornou-se mais próximo, e ele segurava o Absoluto como quem agarra uma corda
para não se afogar. Isto pode muito bem ser entendido como um ato de adoração.
Viu a Deus face a face, e sobreviveu.
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Assim deve ocorrer com o verdadeiro
adorador. Nessa luta com Deus, a vontade egoísta precisa ser ferida como o foi
a articulação da coxa de Jacó.
D. MOISÉS ROGA A DEUS A SUA PRESENÇA (Ex 33.12-23)
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O chefe da nação israelita, liberta da
escravidão, gozava de uma extraordinária familiaridade com o Soberano. Passou
quarenta dias em comunhão com Deus no cume do Sinai, enquanto o povo se
desviava do caminho que Deus lhe ordenara (Ex 32.8). Moisés falava com o Senhor
"boca a boca" (Nm 12.8).
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O grande líder protestou diante da
responsabilidade de fazer subir o povo, sem a devida colaboração: "Não me
deste saber a quem hás de enviar comigo" (Ex 33.12).
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Ele sabia que tinha achado graça aos
olhos do Senhor, isto é, recebera aceitação plena, e que era visto por Deus
como amigo: "Conheço-te pelo teu nome" (v.12). Porém, toda essa
situação não garantia a permanência de Deus com ele. "Se tua presença não
vai comigo, não nos faças subir deste lugar" (v.15).
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Momentos especiais de comunhão não
satisfazem a necessidade do homem que tem uma tarefa a cumprir, um caminho a
trilhar. O líder de Israel ora da seguinte forma "Rogo-te que me faças
saber neste momento o teu caminho, para que eu te conheça" (v.13).
E. ISAÍAS (Is 6.1 -8)
1.
Contemplação e Comunhão (vv.1-4)
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Isaías vivia em Jerusalém (7.1-3;
37.2) e, provavelmente, ia ao templo com bastante frequência Contudo, neste dia
do ano 740 aC.,7 Deus tirou a
cortina que cobria os olhos físicos de Isaías, e este viu o Senhor
"assentado sobre um alto e sublime trono" (v.1).
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O que Deus proporcionou naquela visão
foi uma experiência sensível da proximidade dEle. Comumente pensamos em um Deus
ausente, distante de nos, embora preocupado com o governo do universo.
Raramente nos conscientizamos de que Ele está pronto a conversar conosco.
Devemos nos lembrar de que a comunhão com Deus é possível exatamente porque Ele
não se afasta de nós.
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Isaías viu o trono do Senhor exaltado,
"alto e sublime". Isto confirma a verdade de que Deus é soberano. Sua
majestade e grandeza inspiram reverência. O temor a Deus é essencial; é o
princípio da adoração!
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O primeiro pedido da oração dominical
"santificado seja o teu nome", deve abrir a porta para o lugar
santíssimo aos verdadeiros adoradores, preocupados com um encontro com o Deus
único.
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Isaías contemplou o Senhor, como seu
testemunho indica (v.1). A comunhão por intermédio da contemplação preparou o
profeta para ouvir a voz de Javé (v.8). Buscar a presença de Deus, sem vê-lO,
resulta em cultos vazios, sem qualquer expressão. Entrar no templo, ouvir o
prelúdio, elevar o coração em oração e meditar numa passagem que descreva a
bondade do Criador pode conduzir o adorador à presença real de Deus, como
aconteceu com Isaías.
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Estas realidades somente penetrarão em
nossa consciência se o Espírito as comunicar para corações imbuídos de fé e
esperança Pela fé, vemos aquilo que é invisível (Hb 11.1), porém real.
2. Convicção, Confissão e Purificação (vv.5-7)
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Uma vez que contemplamos o Santíssimo
e dentro de nós há um sincero eco do jogral dos serafins, a nossa alienação
torna-se chocante. No mais profundo do nosso ser sabemos que estamos
condenados. "Ai de mim! Estou perdido!" (v.5).
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Jó expressou seus sentimentos assim:
"Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso me
abomino e me arrependo no pó e na cinza" (42.5, 6).
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Pedro, horrorizado ao pensar no
horripilante ato de negar três vezes o seu Senhor, "chorou amargamente".
Isto aconteceu porque o Senhor o fitou, e ele então "lembrou-se da palavra
do Senhor" (Lc 22, 61, 62).
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Confessar significa concordar com o
pensamento de Deus
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A adoração do cristão não se apaga no
oceano do pecado reconhecido e confessado, mas apoia-se firmemente na rocha da
"fonte aberta... para remover o pecado e a impureza" (Zc 13.1).
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Incomparavelmente melhor do que a cura
do corpo é a restauração da comunhão pela purificação do pecado (cf. Mc 2.5).
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Este é o estado consequente do pecador
que confiadamente achega-se ao trono da graça, a fim de receber misericórdia e
achar graça (Hb 4.16).
3. Comunhão (Is 6.8-9)
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"Depois disto, ouvi a voz do
Senhor" (v.8). O coração purificado assemelha-se a ouvidos desobstruídos.
Ele se torna sensível à vontade de Deus (Rm 12.2).
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Em qualquer culto, o peso da
responsabilidade de levar adiante a missão da igreja surge da alegria provocada
pela absolvição dos pecados. A afirmação honesta, "eis-me aqui, envia-me a
mim" (v.8), é uma consequência da gratidão que leva o pecador, que teve
seus pecados perdoados, a querer servir.
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Se falta confissão e arrependimento
sinceros (1 Jo 1.9), o Diabo amarra a nossa língua Mesmo havendo esforço, neste
caso o poder convincente do Espírito não envolve a Palavra. Ela volta vazia.
F. MARIA UNGE OS PÉS DE JESUS (Jo 12.1-8)
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Seis dias antes da Páscoa, numa ceia
oferecida ao Senhor, Maria veio com o propósito de ungir-lhe os pés com bálsamo
de nardo puro (Jo 12.1-8). Não veio para fazer uma súplica (como o fez quando
Lázaro adoeceu mortalmente), nem para receber congratulações em consequência do
notável milagre da ressurreição do seu irmão, mas para oferecer um presente, o
mais precioso que tinha para dar.
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Maria não adorou ao Senhor de maneira
popular. Em seu ato de adoração, ela rejeitou valores humanos supremos em favor
de valores divinos superiores, como passaremos a considerar.
a) Maria não calculou o preço (v.3)
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Adoração sem sacrifício torna-se,
facilmente, inócua. Este foi o pensamento que inspirou Davi: "Não
oferecerei ao meu Deus holocaustos que não me custem nada" (2 Sm 24.24)
b)
Foi um ato de culto fundamentado na confiança de que Jesus era o Messias
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Em termos de compreensão, Maria
ultrapassou os próprios discípulos que não conseguiram conceituar o propósito
central da encarnação (cf. Mc 8.32).
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Assim, a adoração jamais deve estar
separada do sacrifício supremo do Servo, no Calvário (Mc 10.45).
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Em adoração, devemos dar ao Senhor a
glória merecida, respondendo àquilo que ele nos revelou e proporcionou em Jesus
Cristo, seu Filho.
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Maria derramou o bálsamo todo. Não
ofereceu uma parte para ficar com o resto, como Ananias e Safira fizeram com
parte do dinheiro da propriedade vendida (At 5.2). Não se pode servir a dois
senhores; Deus requer tudo ou nada (Mt 6.24; Rm 6.34; Gl 2.20). O ato de Maria,
realizado há tantos séculos atrás, é um exemplo de rendição de vida ao Senhor,
que com preço incalculável nos comprou.
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Não deve passar despercebido o modo
com que Jesus recebeu o ato de culto prestado por Maria A honra concedida
agradou-Lhe profundamente.
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Para muitos, que julgam como os
discípulos, a moral desta história não se prende à falta de preocupação com os
pobres, mas à perda inútil do precioso unguento. O bom senso nos induz a odiar
qualquer desperdício: luzes acesas sem necessidade, pratos devolvidos com sobra
de comida, preços altos numa loja mais do que em outra, enfim, qualquer gasto
desnecessário cria revolta.
Extraído do livro “Adoração
Bíblica” do Dr. Russell P. Shedd. São Paulo: Vida Nova, 1993.
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