Missão
Existimos para o louvor e adoração do Senhor, abençoando e edificando os membros e visitantes da Igreja Batista Canaã para seu crescimento espiritual, através da ferramenta poderosa que são as artes.

Visão
Ampliar a artes na Igreja; incentivar o crescimento técnico e espiritual de nossos integrantes, baseados no serviço cristão; e comunicar o evangelho de Cristo através das artes e de vidas comprometidas.

Valores
Somos criados para louvar ao Senhor e devemos fazê-lo com todo o nosso ser, usando da criatividade e dos dons e talentos que o nosso Deus nos concedeu.
A palavra de Deus nos dá respaldo para usarmos todo tipo de linguagem artística para o louvor do seu nome (artes visuais, música, teatro e dança), de forma que edifique a comunidade cristã local e comunique a mensagem salvadora de Cristo.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

17º Congresso da Família


LOCAL:
Igreja Batista Canaã, 40 - Jd. Eliane - São Paulo
(altura do nº 3000 da Av. Itaquera)

CONTATO:
faleconosco@ibcanaa.com.br
(11) 2742-4016

quinta-feira, 10 de maio de 2012

EBD: 6 - A PRÁTICA DA ADORAÇÃO (parte 1)


6 – A PRÁTICA DA ADORAÇÃO (Parte 1)

Introdução

·         Deus mandou que seu povo, sob a Antiga Aliança, cumprisse ao pé da letra todas as Suas instruções a respeito da adoração (Êxodo 25.9). Foi Deus quem planejou a participação dos sacerdotes e levitas no culto que Ele mandou que oferecessem (1 Cr 9.33).
·         Após a leitura do A. T., estranhamos o fato de não descobrirmos no N. T. regras explícitas para nos informar que tipo de culto Deus quer.
·         Atos 2.42 - Adoração, para manter o padrão apostólico, deve se aprimorar no ensino, comunhão, celebração da Ceia e oração.

A Doutrina dos Apóstolos

·         Doutrina (gr. didachē, "instrução"), não significa apenas granjear informação. Não foi uma aula bíblica acadêmica que os apóstolos ministraram, mas ensinamentos junto com apelos aos "discípulos" para que acatassem as diretrizes do Senhor. Quando igrejas do século XX dão uma ênfase exagerada à transmissão da informação e não à sua expressão, elas promovem depressão espiritual.
·         W. Tozer disse em “O Conhecimento do Santo” que o que mais importa a respeito de um homem é o que ele crê a respeito de Deus. Para crer torna-se essencial saber, ser instruído.
·         O conteúdo dos evangelhos, antes de ser escrito, teria sido primeiramente comunicado aos iniciantes na fé em pedacinhos e retalhos, até que eles alcançassem uma vida madura. O quadro do discípulo descrito nos evangelhos de Mateus e Marcos foi formado para encorajar leitores das décadas 60-70 a não se desanimarem na longa caminhada.
·         O A. T. também foi a Bíblia da Igreja3 Nas reuniões eram feitas exposições de textos dentro da nova visão cristã. Novas aplicações de velhas passagens receberam o endosso dos apóstolos que se formaram na "escola" de Jesus. Tudo se transformara dentro da perspectiva cristológica, ao aplicar a verdade à vida, como vemos nas mensagens de Pedro, em Atos.
·         O ensino dos apóstolos tinha como alvo prioritário "dar a conhecer qual seja a riqueza da glória, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória, o qual anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando... a fim de apresentar todo homem perfeito em Cristo" (Cl 1.27, 28). O culto servia como instrumento que levava à maturidade.
·         1 Ts 1.5; 2.13
·         Os cristãos de Jerusalém "perseveraram na doutrina dos apóstolos" porque os discípulos "haviam estado com Jesus" (At 4.13) durante centenas de horas num período de três anos. A adoração, na prática, deve dar lugar central à palavra de Deus porque Ele assim ordena. Se a maioria dos adoradores de uma igreja não sente a convicção do Espírito, nem um incentivo para corrigir os erros que comete e, ainda, não está crescendo para plena maturidade, algo de importante está faltando nos cultos. "Perseveravam na doutrina dos apóstolos" comunica a seriedade com que a igreja de Jerusalém encarou a importância da Palavra para o culto.

Comunhão

·         A alegria e entusiasmo tomavam conta dos recém-batizados no Espírito. 'Tomavam suas refeições com alegria e singeleza de coração" (v.46) indica que barreiras que separavam os irmãos desapareceram. O espírito de egoísmo foi substituído pelo desprendimento que caracteriza uma família onde há amor e comunicação. A generosidade era natural naquele ambiente.
·         Ações de graça pelo sacrifício do Filho de Deus incitam os filhos beneficiados a indagar como se desincumbir da obrigação imposta Que presente digno devemos trazer para o altar cristão (cf. Mt 5.23s)?
·         O pano de fundo da eucaristia cristã descobre-se na refeição da Páscoa. Além de relembrar (repetindo as palavras interpretativas) a morte de Jesus e a inauguração da Nova Aliança, a Ceia confirmava, de maneira inconfundível, que todos os participantes tinham uma vida em comum. Ricos e pobres, livres e escravos, todos se comprometiam diante de Deus a ter e manter uma responsabilidade mútua, uns pelos outros.
·         A participação "em memória (anamnēsin) de mim" quer dizer que a igreja agradece e honra o doador de uma salvação de infinito valor. Mas também deve ser a ocasião de se formar o corpo e de se edificar a igreja.
·         A "koinonia de Jesus Cristo" (1 Co 1.9) não pode estar restrita a uma congregação ou denominação. Como declara o apóstolo João: "O que temos visto e ouvido, anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão (koinonia) conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo" (1 Jo 1.3). Quando adoramos, declaramos e mantemos comunhão com Deus e também com os que o conhecem.
·         A comunhão passa da teoria à prática, nos cultos e na mútua cooperação de irmãos.

O Partir do Pão

·         Esta frase de Jesus quer dizer "tomar uma refeição", como podemos verificar em Atos 20.11
·         As ocasiões pós-ressurreição, nas quais o Senhor comeu pão em Emaús (Lc 24.30) ou peixe em Jerusalém (Lc 24.42s. ), provavelmente causaram festas comemorativas. Importante é o relato preservado em João 21.13, onde Jesus, após sua ressurreição, tomou o pão e o deu aos discípulos, seguido pelo peixe.
·         Se perguntarmos que significado tinham essas refeições para os crentes reunidos em culto, descobriremos a característica de gozo e júbilo religiosos. Naqueles cultos em torno das refeições, os celebrantes estavam prevendo o futuro banquete messiânico, as chamadas "bodas do Cordeiro" (Ap 19.9). Então, a presença do Senhor na reunião da igreja para "partir o pão" unia o passado histórico, o presente espiritual e o futuro escatológico.
·         Paulo descreve a alegria da festa, que tão facilmente podia descambar para a desgraça em Corinto (1 Co 11.20-22). Provavelmente nas mentes dos crentes associava-se esta festa, a Ceia do Senhor, com festas pagas nas quais os adoradores honravam seus deuses por meio de orgias caracterizadas por muita comida, bebida (alcoólica) e divertimento desenfreado. Paulo critica duramente os coríntios que tão vergonhosamente desonraram o Senhor e a igreja, embriagando-se e comendo antes que os pobres e escravos chegassem. Eles não entendiam que a santa comunhão não se manifesta sobre a mesa, mas em volta da mesa.
·         A alegria da “festa agapé" precisava ser temperada com o drama espiritual que Jesus inaugurou na noite em que foi traído (1 Co 11.23). Aquela Ceia pascal, celebrada por Jesus, marcava o início da Nova Aliança e a formação do novo povo de Deus. Este povo deve ser marcado pela humildade dos seus líderes (Jo 13.14) O amor mútuo (Jo 13.34).

As Orações

·         O judeu do primeiro século dificilmente podia imaginar um culto sem orações, pelo menos na sinagoga. Consequentemente, era natural que os primeiros cristãos continuassem essa prática.
·         Ainda que pensando num sentido mais geral, a oração se distingue da adoração pela preocupação do suplicante com suas necessidades, enquanto a adoração conceitua a alma sobre seu Deus. Um comentário puritano sobre o Salmo107 dizia "A miséria instrui maravilhosamente a pessoa na arte de orar".
·         Mas as orações bíblicas valorizam a comunhão com Deus. Como aparelhos complicados, projetados para uma função particular, deixamos de alcançar o objetivo de nossa existência fora da comunhão que a oração cria Egoísmo, soberba e murmuração aniquilam a comunhão.
·         Amar a Deus acima de todo objeto por ele criado só pode significar que Ele quer ser conhecido e desejado pelas Suas criaturas. Por isso, as orações dos santos são qualificadas como o incenso que enche os vasos de ouro nas mãos dos 24 anciãos que rodeiam o trono do Senhor do universo (Ap 5.8; cf.8.3).
·         A oração, mesmo quando elevada de uma forma particular, não pode estar isolada do contexto social. Deus é nosso Pai, não meu Pai. Deste modo, não nos aproximamos do trono da graça sozinhos, mas com o irmão, e até com a igreja.
1.    O princípio da dependência: Jo 15.5
2.    O princípio da união: Mt 18.19
3.    O princípio da comunhão: At 4.24
4.    O princípio do reconhecimento da grandeza de Deus: Is 37.15-20
5.    O princípio do paralelismo nas Escrituras: Rm 15.4; Hb 4.16
6.    O princípio de prioridades: At 4.27-31


Extraído do livro “Adoração Bíblica” do Dr. Russell P. Shedd. São Paulo: Vida Nova, 1993, págs 67- 104.