Missão
Existimos para o louvor e adoração do Senhor, abençoando e edificando os membros e visitantes da Igreja Batista Canaã para seu crescimento espiritual, através da ferramenta poderosa que são as artes.

Visão
Ampliar a artes na Igreja; incentivar o crescimento técnico e espiritual de nossos integrantes, baseados no serviço cristão; e comunicar o evangelho de Cristo através das artes e de vidas comprometidas.

Valores
Somos criados para louvar ao Senhor e devemos fazê-lo com todo o nosso ser, usando da criatividade e dos dons e talentos que o nosso Deus nos concedeu.
A palavra de Deus nos dá respaldo para usarmos todo tipo de linguagem artística para o louvor do seu nome (artes visuais, música, teatro e dança), de forma que edifique a comunidade cristã local e comunique a mensagem salvadora de Cristo.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

EBD: 7 - AFEIÇÃO: Posso servir motivado pelo amor aos salvos e os não salvos

7 - AFEIÇÃO: Posso servir motivado pelo amor aos salvos e os não salvos

- Um cristão que não demonstra genuína afeição por outras pessoas é um paradoxa.
- I João 4.10
- “Deus é amor, é amor que nasce em si mesmo, não em outro; ele é absolutamente, independentemente amor… essa é sua própria essência”. (Octavius Winslow).
- I Coríntios 13.1-2

A NATUREZA DO AMOR DE DEUS
- Se Deus é uma trindade e se Deus é amor, podemos ter certeza de que a Trindade é caracterizada por relacionamentos de amor perfeito, mútuo e íntimo entre seus membros. Esses relacionamentos são perfeitos em todos os aspectos. Não há disputa nem ciúme, não há incerteza nem temores, não há suspeita nem questionamento de motivos. Há somente um amor mútuo, imutável e uma unidade contínua e eterna. É, como poderíamos dizer, o céu.
- Quando nos tornamos cristãos, entramos em comunhão com Deus, uma união divina de três pessoas em um único Deus. Por meio de nosso relacionamento com Deus também entramos  com comunhão com o povo de Deus.
- A salvação nos leva a Deus, mas também a seu povo. Não podemos escapar disso, faz parte do pacote.
- “O verdadeiro propósito de Cristo ter se doado na cruz não foi apenas salvar indivíduos e, assim, perpetuar a solidão deles, mas criar uma nova comunidade cujos membros pertencessem a ele, amassem uns aos outros e zelosamente servissem ao mundo” (John Stott)
- Efésios 5.2
- Pelo poder do perfeito amor que existe no Deus triuno, ele nos capacita a construir relacionamentos orientados pelo amor e pelo serviço.

O AMOR NA IGREJA
- O Serviço e o amor cristão são um: Colossenses 3.11-15 (Primeiro somos unidos a Cristo e subsequentemente uns aos outros no corpo de Cristo, a igreja. Segundo, que o cuidado e o amor de Cristo por seu próprio corpo deveria, portanto, tornar-se nosso cuidado e amor.
- Gálatas 5.13
- Servos pelo amor: Na Bíblia, o serviço é a expressão tangível do amor. Servir é muito mais do que uma mera atividade, é compartilhar o amor de Deus.
- O amor, a unidade e o serviço cristão se reforçam mutuamente.
- Devemos procurar glorificar a Deus servindo desiteressadamente.
- João 17.11: Quando servimos uns aos outros em amor, cooperamos com Deus na busca da resposta para essa oração.
- Servir aos irmãos, suprindo-os em um momento de necessidade e ajudando-os a carregar seu fardo, pode ser uma maneira particularmente eficaz de conhecer alguém de forma mais profunda e significativa.
- “Somos levados a considerar não apenas o que Deus nos chamou para fazermos juntos, mas também o que ele nos chamou para sermos juntos.” (Edmund Clowne)
- I Tessalonicenses 2.8
- Em resumo, segundo os padrões bíblicos, o serviço nasce do amor, é feito para a glória de Deus e promove a unidade na igreja local.
- O serviço genuíno é aquele que trata de atender às necessidades em cooperação uns com os outros, motivados pelo amor, em um esforço unificado para edificar a igreja e glorificar a Deus.

O AMOR PARA COM O MUNDO
- “Exceto pela vida e pelo ministério do próprio Jesus, os cristãos devem ser a melhor coisa que já aconteceu a este mundo. Devemos ser fontes de constante bondade, amor, serviço e de um espírito que se alegre em compartilhar, de modo que o mundo possa ser abençoado e alguns (não podemos nos esquecer disso) possam crer em nosso Salvador”. (James Montgomery Boice)
- Acolha os outros incondicionalmente: Romanos 15.7
- Nosso amor e espírito acolhedor devem ser como os de Deus: cegos para as questões econômicas, raciais, étnicas, religiosas e sociais.
- Trate os outros com amor sacrificial: “É possível que a nossa passividade em relação às necessidades que nos cercam na realidade não seja fruto [da falta] de compromisso em priorizar aquilo que Deus nos ordenou que fizéssemos, mas seja, na verdade, uma negligência em relação a como Deus nos ordenou que vivêssemos? Essa é a diferença entre concentrar nossa atenção em comportamentos específicos em vez de concentrá-la em um estilo de vida específico”.
- Existiria uma maneira melhor para chamar a atenção de um mundo cada vez mais centrado em si mesmo do que através de atos abnegados de serviço que fossem reflexos do serviço de Cristo na cruz?
- Quer sirvamos na igreja, quer fora dela, nosso objetivo é sempre o mesmo: glorificar a Deus transmitindo o amor que ele graciosamente nos dispensou. Para onde quer que olhemos, seja na igreja ou fora dela, encontraremos pessoas necessitadas de serviço.
- Mateus 5.16
- “Deus tem muitos servos, mas muito pouco serviço no mundo.” (Thomas Adams)
- Nós gravamos o amor de Deus no coração das pessoas quando buscamos fervorosamente amá-las e servi-las como Cristo fez por nós.

Extraído do livro “Serviço como adoração: o privilégio de servir na igreja local”, de Nate Palmer. São Paulo: Vida Nova, 2014.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

EBD: 6 - ADORAÇÃO: Posso servir como desejo e apreciar a ativa presença de Deus

6 - ADORAÇÃO: Posso servir como desejo e apreciar a ativa presença de Deus


- Quando um exército entra para uma batalha em uma posição de fraqueza, já se considera com perdida a primeira leva de combatentes, mesmo antes de o combate ter início. Você está basicamente condenado já de início. Às vezes, quando consideramos o que Deus requer de nós, pode parecer um pouco como se fôssemos um soldado de uma tropa perdida. Iniciamos nossa caminhada de um ponto em que sentimos grande alegria pela nossa salvação; mas, em determinado momento, quando começamos a perceber o que Deus exige, começamos a ver as coisas de uma maneira diferente. Olhamos para a “montanha” dos mandamentos de Deus e percebemos que não podemos subi-la. Simplesmente não somos capazes. E a palavra de Deus é terrivelmente clara. Se você não subir, está tudo terminado. Você está morto, no pior sentido possível da palavra.
- O apóstolo Paulo, um homem com uma espiritualidade muito maior do que a de qualquer um de nós, sabia que a porcentagem de falhas humanas em obedecer a Deus é de 100%. Romanos 3.23
- Jesus subiu a montanha. Ele fez tudo de forma perfeita, obedecendo a todos os mandamentos de Deus de todo coração, mente e força, e Deus Pai atribuiu a obediência dele a nós.
- É verdade que o Pai e o Filho resolveram o problema de nosso destino eterno. Mas o que dizer sobre hoje, amanhã ou depois de amanhã? Cristo já tomou conta do resultado final, mas como ficam os inúmeros pequenos resultados entre o agora e  depois?
- Quando enfrentamos o desafio de servir com alegria e graça no coração, ainda somos tentados a sentir como se fôssemos soldados de uma tropa perdida, escalados para uma missão impossível.


O ESPÍRITO: A PRESENÇA ATIVA DE DEUS
- O Espírito Santo age primeiro para nos levar a Cristo e, em seguida, para nos salvar e capacitar. Nosso despertar espiritual nunca poderia ter ocorrido se primeiramente o Espírito não tivesse feito sua obra e nosso coração.
- João 14.16-17 ; João 16.7-9
- Desde o Pentecostes, o Espírito tem sido uma presença ativa de Deus na vida e no coração dos cristãos
- Romanos 7.6
- Nossa alegria em adorar a Deus aumenta à medida que começamos a experimentar a obra do Espírito em nós.
- A presença ativa de Deus está produzindo em nós um desejo e uma eficácia que jamais poderíamos produzir ou manter por nós mesmos.
- Nós servimos para encontrar alegria ou porque sentimos alegria? Ambos!
- Salmo 16.11
- “A alegria é um mandamento. Você pode estar trabalhando duro e servindo fielmente ao Senhor, mas se não estiver servindo com alegria, não o estará servindo da maneira adequada nem o representando com precisão.” (C. J. Mahaney)


DOTADOS PARA SERVIR
- I Coríntios 12.11; I Pedro 4.10 ; I Coríntios 12.7
- “Vejam, portanto, se reconhecermos esses grandes e preciosos dons que, como diz Pedro, já nos foram concedidos, o amor rapidamente é difundido em nosso coração pelo Espírito, e pelo amor somos transformados em trabalhadores livres, alegres, cheios de poder, ativos, vitoriosos em todas as nossas tribulações, servos do nosso próximo e, no entanto, senhores de todas as coisas.” (M. Lutero)
- Somos chamados a servir uns aos outros exatamente no mesmo sentido em que somos chamados a amar uns aos outros. Esses dois chamados estão inseparavelmente ligados.
- “E a despeito de todos os nossos pecados, nós, no entanto, servimos e ajudamos os outros mesmo contra nossa vontade - não por nós mesmos, mas por causa do poder que Deus exerce em nossas vocações.” (G. Veith Jr.)


O PODER DA ADORAÇÃO
- Simplesmente não temos poder de capacitar a nós mesmos para servir a Deus e ao próximo.
- Através do Espírito Santo, Deus nos ajuda a transformar o serviço de obrigação em adoração e o sentimento de ser parte de uma tropa perdida em alegria.
- Quanto mais adorarmos a Deus, desejando e desfrutando a obra e o poder do Espírito em nossa vida, mais sairemos de nossa zona de conforto e serviremos.

Extraído do livro “Serviço como adoração: o privilégio de servir na igreja local”, de Nate Palmer. São Paulo: Vida Nova, 2014.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

7º Encontro Musical - Inscrições Abertas!

Inscrições abertas para o 7º Encontro Musical
Nesta edição o Encontro será modular, oferecendo oportunidade para todos participarem de todas as oficinas.
Investimento: R$ 15,00 por oficina
Inscrição: milad@ibcanaa.com.br




terça-feira, 16 de setembro de 2014

EBD: 5 - APRECIAÇÃO: Posso servir, pois aprecio quem Deus é, quem eu sou e o que ele fez por mim

5 - APRECIAÇÃO: Posso servir, pois aprecio quem Deus é, quem eu sou e o que ele fez por mim

- Nós fazemos assim: olhamos para nossa vida e nos concentramos em certas áreas. E é para essa área que voltamos nossa atenção. É sobre ela que queremos aprender cada vez mais. Quando o fazemos, ela se torna ainda maior e mais importante para nós se comparada a outras áreas de nossa vida.
- Ao prestar atenção nessa área, nós a ampliamos. Isso nada mais é do que um ato de adoração, um ato de serviço, pois representa um sacrifício de nosso tempo, energia, interesse e paixão, que poderiam ser dispensados a qualquer outra área.
- Aquilo em que nos concentramos se torna bem maior para nós. Nosso foco conduz nossa adoração.
- Nós podemos servir com eficiência em nossa igreja local quando apreciamos quem Deus é, quem nós somos e o que ele fez por nós. O serviço não deve ser feito para Deus, mas principalmente por causa de Deus.

APRECIANDO QUEM DEUS É
- “O primeiro princípio fundamental da adoração cristã é que devemos conhecer a Deus antes de podermos adorá-lo. É impossível adorar um deus desconhecido, uma vez que, se ele próprio for desconhecido, o tipo de adoração que ele deseja também será.” (John Stott)
- Lucas 10.38-42: Jesus está demonstrando a Marta e a nós que o essencial sobre nosso serviço é sua motivação.
- “Devemos dizer que conhecer a Deus envolve primeiro ouvir a palavra de Deus”. (J.I. Packer)
- Romanos 15.4
- Lucas 6.47-48
- Essa apreciação de Deus pode, então, transformar nosso serviço em adoração a Deus, quando tiramos a lente de aumento que está sobre nós e a voltamos para Deus e a verdade da Escritura.

APRECIANDO QUEM NÓS SOMOS
- “Não podemos seriamente ansiar por ele antes de começarmos a nos sentir insatisfeitos conosco”. (João Calvino)
Pecado original: Romanos 5.18-19
Depravação total: Efésios 2.1-5
- Essa expressão não significa que sejamos tão maus quanto poderíamos ser ou que sejamos incapazes de qualquer bem moral. Mas significa que o pecado afetou todas as áreas de nossa vida. Esse é o motivo pelo qual o pecador não salvo é totalmente incapaz de agradar a Deus ou de alterar sua preferência básica pelo pecado e pela gratificação pessoal.
- Somos todos incapazes de não pecar.
- Habacuque 1.13
- “Deus não pode ficar indiferente ou complacente em relação ao que é a contradição de si mesmo. Sua própria perfeição exige uma reação de justa indignação. E isso é a ira de Deus.” (John Murray)
- Romanos 6.23
- Nossa depravação faz com que para nós seja impossível amar a Deus. Nossa corrupção nos torna incapazes de salvar a nós mesmos da justiça de Deus.
- Mateus 19.25-26

APRECIANDO O QUE DEUS FEZ POR NÓS
- Lucas 23.39-43
- Nada podemos fazer para obter a salvação. Como aquele homem pregado na cruz, somos totalmente incapazes de abrir caminho para o favor de Deus.
- Efésios 2.8-9
- Apreciar o que Deus fez por nós em Cristo transforma o modo como enxergamos nosso serviço.
- “Assim, da fé fluem o amor e a alegria no Senhor e do amor flui um espírito livre, desejoso e alegre, disposto a servir voluntariamente nosso próximo, sem levar em conta qualquer gratidão ou ingratidão, louvor ou culpa, ganho ou perda.” (Martinho Lutero)
- Já não pensamos no serviço como esforço para obter o favor de Deus, mas como esforço para exaltar aquele que nos concedeu seu favor como uma dádiva.

Extraído do livro “Serviço como adoração: o privilégio de servir na igreja local”, de Nate Palmer. São Paulo: Vida Nova, 2014.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

EBD: 4 - GLÓRIA: O caráter e as obras de Deus

4 - GLÓRIA: O caráter e as obras de Deus
- Estamos todos muito ocupados com a construção de nossos pequenos reinos.
- O que todos nós nos negamos a reconhecer e admitir é que, em última análise, todo o governo pertence a um só.
- O que chamamos governo, Deus chama mordomia. Se temos verdadeira autoridade sobre alguma coisa é apenas porque essa autoridade nos foi delegada por Deus. Ele é o único rei e a ele pertence toda a glória.


O DEUS DA GLÓRIA
- A glória de Deus não é algo simples de compreender ou expressar em toda sua plenitude. Mas, sem a pretensão de que esta seja uma explicação completa, podemos dizer que sua glória está ligada ao caráter de Deus, nele tem a sua origem e é vista em suas obras.
- Caráter. Deus é totalmente perfeito, no sentido positivo e negativo. Isto é, por um lado, ele é destituído de erros e de corrupção moral; por outro, possui toda a pureza, conhecimento e poder.
- A obra da criação: O caráter de Deus é mais do que suficiente para dotá-lo de glória infinita. Contudo, em adição a esse caráter, temos a evidência da criação. Na verdade, a criação foi trazida à existência especificamente para chamar a atenção para a glória proeminente e preexistente de Deus.
- Gênesis 1.1
- Salmo 96
- A obra da Salvação: Deus também demonstra sua glória ao conquistar nossa salvação eterna em Cristo.
- 2 Coríntios 5.21


SERVIÇO COMO ADORAÇÃO
- Se Deus não fosse glorioso em seu caráter e obras, onde estaria a alegria em servi-lo? O que haveria para estimular nossas emoções, para nos provocar encanto e admiração, ou para nos inspirar a servir?
- Mas Deus é glorioso, e sua glória é o inesgotável combustível e o foco emocionante do serviço cristão. Somos chamados para interagir com Deus e sua criação conscientes de sua glória, capacitados por ela e de forma a engrandecê-la. Em resposta a essa glória, procuramos refleti-la de volta para Deus e o adorá-lo por meio do serviço.
- O serviço está entrelaçado com a adoração e dela é indistinguível no sentido verdadeiro e amplo da palavra.
- I Coríntios 10.31
- I Pedro 4.10-11
- Assim, o que define a adoração não é aquilo que fazemos externamente, mas sim nossa devoção interior a Deus e o desejo de glorificá-lo. Até mesmo o menor, o mais simples e banal dos atos pode ser adoração. O serviço cristão é adoração em ação.


UMA GRATA RESPOSTA
- Quando não entendemos bem o que é serviço, podemos ser tentados a redefini-lo de acordo com nossa circunstância atual. Quando isso acontece passamos a enxergar o serviço como uma obra que nos ajuda a merecer a salvação, um meio de penitência ou um mal necessário na vida da igreja.
- Mas o fato é que o serviço em termos bíblicos é uma reação a Deus, uma resposta ao perdão de nossos pecados por um Deus santo.
- O serviço se destina a exaltar o evangelho, não a substituí-lo.


Extraído do livro “Serviço como adoração: o privilégio de servir na igreja local”, de Nate Palmer. São Paulo: Vida Nova, 2014.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

EBD: 3 - CONTEXTO: A Igreja local é a base de nosso serviço

3 - CONTEXTO: A Igreja local é a base de nosso serviço
- Não podemos ter grandes realizações sem um lugar e sem pessoas que compartilhem da mesma paixão. Esse contexto é que tem poder.

NÓS COMO CAMPO, NÓS COMO JOGADORES
- Toda adoração verdadeira e que honra a Deus encontra sua fonte de motivação e poder  na obra consumada por Cristo e, portanto, só pode ser expressa por cristãos. E essa forma de adoração que a Bíblia chama de serviço pode ser praticada e expressa, de maneira que não é possível em nenhum outro contexto, quando cristãos se reúnem em uma igreja local.
- As pessoas, tomadas coletivamente, são a igreja (o campo de futebol), e ao mesmo tempo em que, tomadas individualmente, são os membros que participam da igreja (os jogadores). Nós, as pessoas, somos ao mesmo tempo o campo e os jogadores.

NÓS COMO IGREJA
- Na Bíblia, o mandamento para servir a Deus está quase sempre associado a um contexto específico: a presença de seu povo reunido.
- Assim, na adoração se tornou algo descentralizado e acontece onde quer que grupos de cristãos se reúnam para adorar a Deus. Essencial para essa adoração é nosso serviço, de uns para com os outros, de modo que nos tornemos mais efetivos individualmente como adoradores de Deus.
- Efésios 3.8-11
- Nossa adoção no reino nos salva individualmente para essa comunhão de uns com os outros (Efésios 2.17-22)
- A Bíblia ordena que continuemos a nos reunir para que possamos encorajar uns aos outros, enquanto procuramos colocar em prática esse plano (Hebreus 10.25)
- I Pedro 4.10
- Assim como um atacante de futebol precisa da rede para marcar um gol, nossos dons de serviço precisam de um contexto - a igreja local - para beneficiar a outros. A igreja fornece o contexto principal para essa mordomia da multiforme graça de Deus.
- A igreja é também um local no qual os fiéis são preparados para o ministério, em termos de teologia e prática.
- Evidentemente, pode haver diferentes campos onde servir, como o local de trabalho, seu bairro ou algum contexto cívico que não devem ser marginalizados. Contudo, a igreja continua a ocupar uma posição única, pois é através da igreja que Deus comunica sua multiforme sabedoria.

ESSA CONFUSÃO MARAVILHOSA
- Deus nos chama a servir a despeito dos inconvenientes e do desconforto, pois sua maior prioridade é a glória que ele receberá quando nossa vida se tornar mais e mais semelhante à sua imagem. Ele quer fazer uma verdadeira obra na igreja - através de nós -, a fim de ajudar a organizar essa confusão que é nosso pecado coletivo
- Uma das razões de a igreja ser o principal contexto para o serviço é por ela ser o local que as pessoas procuram quando estão confusas e precisam de ajuda.
- O que devemos sempre nos lembrar, especialmente quando a situação estiver muito confusa, é que por maior que seja a confusão ela jamais será capaz de invalidar o papel da igreja como o principal contexto para servir a Deus e ao próximo.
- Em última análise, é na igreja que o serviço começa e encontra seu cumprimento, pois, se nós não pudermos cuidar de nossa própria família, como poderemos cuidar com competência dos outros?

UMA UNIDADE DIVERSIFICADA
- “A igreja é chamada para servir a Deus de três maneiras: para servir diretamente a Deus, adorando-o; para servir aos santos, nutrindo-os, e para servir ao mundo, testemunhando.” (Edmund Clowney)
- De modo geral, a igreja local fornece dois contextos diferentes para o serviço:
1) Serviço Estruturado: Envolve posições (cargos) não limitadas a pastores, presbíteros, diáconos entre outros. São posições que envolvem qualquer coisa que seja prevista e programada. Elas permitem que as coisas sejam feitas com decência e ordem (I Coríntios 14.10)
2) Serviço Espontâneo: São frequentemente praticados por iniciativa individual. São aqueles atos cotidianos que engrandecem e dão vida ao evangelho. Eles podem ser praticados a qualquer momento, por qualquer cristão, conferindo ao serviço uma variedade e flexibilidade que o sistema formal e mais estruturado jamais poderia.
- Romanos 12.4-8
- É através  de nossa diversidade, e não a despeito dela, que servimos aos outros.
- “Os dons do Espírito  realmente diferem , mas não dividem, pois eles capacitam a igreja a funcionar como um organismo, o corpo de Cristo. A unidade orgânica requer diversidade de funções”. (Edmund Clowney)
- Embora sejam diferentes, os atos de serviço dos cristãos são unificados por um propósito comum: o amor que nasce do Deus do amor.

PROPÓSITO, NÃO PERFEIÇÃO
- Em um cenário mais amplo, a marca registrada da vida cristã não reside no fato de quão bem organizada ou estruturada ou quão espontânea seja a igreja, mas antes no fato de termos edificado nossa fé, nossa igreja e nossos ministérios sobre o fundamento do evangelho.
- A paixão pela igreja local deve resultar não de nosso trabalho na igreja, mas sim da paixão de Cristo, de seu planos e obra na igreja local.
- Embora a intenção deste estudo seja incentivar os cristãos a se tornarem mais ativos em nosso chamado celestial para o serviço, nosso Deus não é um capataz nem um tirano. Ele não espera ou exige que todos os cristãos, não importando as circunstâncias, sirvam na igreja continuamente. Há um tempo para tudo, incluindo para o descanso e repouso.
- Quando servir se torna uma obrigado para você isso normalmente significa que Deus também se tornou uma obrigação.
- Deus deseja simplesmente nossa adoração. Nossa perfeição ele já proveu em Cristo.

Extraído do livro “Serviço como adoração: o privilégio de servir na igreja local”, de Nate Palmer. São Paulo: Vida Nova, 2014.

EBD: 2 – LINHAGEM: O Serviço começou com Deus em Cristo

2 – LINHAGEM: O Serviço começou com Deus em Cristo

- Minha árvore genealógica espiritual – assim como a sua – está repleta de pessoas que responderam ao evangelho seguindo o exemplo de Cristo, exemplo de amor e serviço ao próximo.
- Toda genealogia ou linhagem de serviço na Bíblia encontra sua fonte no mesmo local: o exemplo de serviço do Filho de Deus, que morreu no lugar  dos pecadores para que eles possam passar a eternidade com Deus, no céu.
- Seu evangelho tem sido transmitido de uma geração para outra por 2 mil anos por meio do serviço de pecador para pecador, e esse servir é capacitado pelo poder do Espírito e pela graça.
- Duas coisas distinguem o serviço cristão do serviço secular: nossa motivação e intenção, ambas derivadas de nossa linhagem espiritual em Cristo.


AS RAIZES DO SERVIÇO CRISTÃO
- Para começar com o ponto mais importante e também o mais facilmente esquecido, é fundamental dizer que nós não servimos para conquistar o amor ou o favor de Deus.
- I João 4.19
- Todo o serviço que fazemos por Deus começa e termina com o servir que vem de Deus.


Criação – Efesios 1.4
- O efeito do pecado cometido por Adão e Eva foi devastador e abrangente, tanto que seus descendentes herdaram sua natureza caída. Com isso o ser humano já não poderia mais servir da forma que fora criado a fazer.


Sustentação – Gênesis 3.14-15
- Quando nosso destino estava selado e não tínhamos mais esperança, Deus decidiu mudar nosso destino. Ele escolheu nos servir e comunicou essa escolha por meio de uma promessa.
- Gálatas 4.4-5
- Em todos os momentos, Deus serviu a humanidade não apenas retendo seu juízo, mas dirigindo os acontecimentos para o dia em que Cristo viria.


Encarnação – Filipenses 2.5-7
- Ele humilhou a si mesmo, assumindo a nos servir na encarnação. Ele humilhou a si mesmo, assumindo forma humana, para que pudéssemos receber “a adoção de filhos”.


Morte – Romanos 5.8
- Como é  maravilhoso, portanto, que Deus não exija isso de nós, pois, toda essa obra já foi consumada!


Resssurreição, ascensão, exaltação – Efésios 1.20-21
- “Em sua humilhação ele desceu tao baixo que não era possível descer ainda mais; e em sua exaltação ele subiu tão alto que não era possível subir ainda mais”. (Thomas Watson)
- Na exaltação de Cristo, Deus concedeu a Jesus poder e autoridade para governar sobre tudo e a tudo governar perfeitamente.
- Esse governo de Cristo é composto de três funções distintas,
  • Como profeta, Cristo revela a vontade de Deus a nós, para nossa salvação, por meio de sua Palavra e Espírito.
  • Como sacerdote, Cristo ofereceu a si mesmo em sacrifício por nós, para satisfazer a justiça divina e nos reconciliar com Deus, e continua a interceder por nós.
  • Como rei, Cristo nos coloca sob seu poder, nos governa e defende, reprime e vence todos os inimigos dele e os nossos.
- Talvez o aspecto mais importante da exaltação de Cristo seja que ela tornou possível a vinda do Espirito Santo.
- “ O ministério de intercessão de Cristo é também um ministério de cuidado amoroso por seu povo. Ele os auxilia em suas dificuldades, tribulações e tentações”. Essa forma de intercessão envolve o envio do Espirito Santo por Jesus.
- Do seu trono celestial, Jesus, através do Espírito Santo, capacita os cristãos a servir. Ele nos ajuda a servir para que possamos glorificar a Deus, e não a nós mesmos.
- Nesse grande ato de serviço, seremos reunidos e nos será dado um corpo ressurreto.
- Ali, nós adoraremos e serviremos a Deus por toda a eternidade, mesmo enquanto desfrutamos os frutos de seu serviço a nós.


A EXPANSÃO DO REINO QUE SERVE
- Assim, podemos ver que o reino de Deus é totalmente edificado com base em atos de serviços, atos que começaram na criação e se estenderão até a eternidade.
- Ele estendeu se reino alcançando uma pessoa por vez, utilizando corações transformados para impactar e servir a outros, em uma longa corrente que se estende por milhares de anos e afeta inúmeras pessoas.  Romanos 5.18
- Esse serviço de Jesus Cristo por nós é o ponto de partida para cada ato de serviço que já foi e que virá a ser executado por todo cristão.

Extraído do livro “Serviço como adoração: o privilégio de servir na igreja local”, de Nate Palmer. São Paulo: Vida Nova,2014.

EBD: 1 - A CONDIÇÃO DE SERVO: O ministério de todos os cristãos

1 - A CONDIÇÃO DE SERVO: O ministério de todos os cristãos
- Por que tem de ser justamente você? Não tem mais ninguém que possa fazer isso?
- “Ao longo dos primeiros meses de minha caminhada cristã, entretanto, o serviço pouco a pouco se tornou um misto de emoções e motivações conflitantes. O que começou como uma maneira de expressar alegria logo se tornou, em minha mente, uma maneira de manipular a Deus. Essa troca funcionava mais ou menos assim: eu precisava prestar um serviço para cada pecado cometido.”
- Administrando Deus e servir a si mesmo em vez de administrar suas responsabilidades e servir a Deus.
- Quando servir começa a se tornar um tedioso processo de justificar a si mesmo, isso afeta os sentimentos que temos pela igreja e por Deus. Fica cada vez mais difícil ir à igreja.
- Agindo assim podemos nos tornar viciados em uma droga: a Liderança. O serviço assume um papel novo e utilitário, como um trampolim para a liderança da igreja.
- Uma vez que você já está usando seu serviço para manipular a Deus, quão mais fácil não será utilizá-lo para manipular as pessoas?
- Em pouco tempo nossa atitude em relação ao serviço pode passar do entusiasmo à ambivalência, da ambivalência ao ressentimento e do ressentimento a uma ambição egoísta.
- Por que isso acontece? Porque não sabemos, segundo a perspectiva de Deus, por que servimos. Assim, servimos por razões próprias.

SERVOS EM TEMPO INTEGRAL
- Servir é uma atividade incessante. É como respirar!
- Na maior parte do tempo, servimos a nós mesmos: “Nossa vida é moldada pela batalha entre o reino de Deus e o nosso reino pessoal” (Paul Tripp)
- Esse conflito reside no fato que nós não queremos nos submeter aos desejos e às necessidades de outros. Nem mesmo se esses desejos forem de Deus. (Mt. 6.24)
- Sempre servimos àquele que vemos como o rei de nosso reino. Esse é o motivo pelo qual serviço e adoração são, em essência, a mesma coisa.
- O serviço na visão bíblica nos chama para que voltemos nosso foco na direção de outros. Nisso imitamos a Cristo, que serviu aos outros a ponto de morrer. O chamado de todo cristão é servir a Deus como grata  resposta ao evangelho.

A VISÃO E A NECESSIDADE
- A despeito do tamanho ou da idade da igreja, uma visão bíblica sobre serviço é vital para edificar uma igreja saudável. O pastor e autor John Stott sempre perguntava quando os cristãos retomariam “o ministério de todos os santos”, no qual cada cristão exerce seus dons para ministrar aos outros.
- Efésios 4.4-7
- Embora os papéis possam ser formais ou informais, criativos ou seculares, de natureza física ou intelectual, o objetivo é sempre o mesmo: glorificar a Deus e engrandecer o evangelho para benefício dos outros.
- Quando o serviço bíblico, centrado no evangelho e feito em nome de Cristo, está presente no coração de uma igreja local, ele forma um número brilhante que irradia luz sobre este mundo tenebroso. Esse brilho é algo que a igreja deve recuperar, a começar pela base teológica da condição de servo.

Extraído do livro “Serviço como adoração: o privilégio de servir na igreja local”, de Nate Palmer. São Paulo: Vida Nova, 2014.